quinta-feira, 18 de maio de 2017

ESTUDO 1: Se eu fosse Deus





Prólogo

A verdade incontestável percebível por qualquer ser vivo dotado do princípio inteligente neste planeta é a morte.
Nascemos simples e ignorante isto também é um fato. Entende-lo principia a construção do seu eu.
Nossa história, quando estudada sob a ótica do saber desprovido de qualquer tipo de preconceito, nos oportuniza a questionamentos, que ao mesmo tempo nos conforta e nos desafia.
Baseado nesta necessidade intrínseca e manifesta em intensidades diferentes em nós seres humanos buscamos por respostas a questões que nos desafiam a compreensão.
Se eu fosse Deus faria tudo da maneira como foi feito, pois sendo eu o criador de todas as coisas deverei ser a suprema inteligência e estas coisas deverão revelar este meu atributo... Se eu fosse Deus faria tudo da maneira como foi feito, pois sendo eu o criador de todas as coisas que nós homens conhecemos e estamos a conhecer, toda a criação deve revelar o meu propósito e assim sendo uma ordem cuja complexidade e harmonia para os homens concretiza a minha onipotência... Se eu fosse Deus faria tudo da maneira como foi feito, pois sendo eu o criador de todas as coisas que os homens conhecem e estão a conhecer, nada de inútil e sem propósito partiria da minha criação, pois sendo eu Deus a suprema inteligência, o onipotente não poderia conceber o nada ou o vazio e o acaso... Se eu fosse Deus faria tudo da maneira como foi feito, pois sou a suprema inteligência, o onipotente e para o meu propósito criativo devo ser onisciente, e ser onisciente consiste em ter em tudo que criei o meio de estar presente... Se eu fosse Deus faria tudo da maneira como foi feito, pois a justiça e a bondade devem ser percebidas e compreendidas por e em toda a criação revelando a minha condição incontestável de infinita bondade e justiça.
Então sendo eu DEUS não vos criei e não vos crio para o meu deleite e prazer, pois não tenho e nem terei seus desejos que são próprios de vocês homens... Não me compreendeis, pois ainda sois a criatura que a seu tempo deixarás de ser e assim compartilhara com muitos que já conseguiram serem chamados de filho... Este é o
meu propósito... Chamá-los de filhos, pois como assim denominam em seu linguajar pobre e terreno, para que sejais filho haverá de herdarem os meus atributos.
Enquanto isto não acontece em ti, a minha justiça e bondade se faz na oportunidade que lhes dou em existir.
CAPÍTULO I
“DuviDar é se instrumentalizar em busca Da verDaDe”
Sendo eu Deus... Os fiz e os faço oportunamente ignorantes, pois sou a suprema inteligência e assim sendo para que possas evoluir os oportunizo com o existir.
A ignorância é o fator que vos impulsiona a busca do conhecimento e ao mesmo tempo entre vós é a oportunidade de vos amparar. No amparo vós podeis demonstrar o amor que tenho por vós, pois sou a suprema inteligência e infinitamente bom e justo. Mas sucumbis em vencer vossos desafios criando o mal e escravizas pela ignorância vossos irmãos.
Vencer esta condição de ser e estar na ignorância é o primeiro degrau a se ascender rumo à liberdade, por isto meu filho amado enviado por mim vos disse “Conheceis a verdade e ela vos libertará”. Mas ainda não escutais a esta afirmação e tomam por verdade as coisas fáceis, as fantasias, e se entregam ao ócio do que mais podes te ajudar... O pensar, o questionar, o duvidar, o aprender a compreender-me... Pois muitas são as portas criadas por vós para vos manter na ignorância.
Enquanto vós se condicionarem ao conforto do viver pelo medo, ainda serás governado pelos instintos com os quais nascestes. O medo que vos preserva também vos condena, pois este é objeto de uso por aqueles dentre vós que mais se encontram apegados às vicissitudes da matéria, aos prazeres do mundo.
O que vos liberta é justamente compreender em minha divina essência a minha suprema inteligência, infinita bondade e meu propósito para com vós. Já vos enviei vários de meus filhos amados durante épocas diferentes para que vós me compreendais, mas as
necessidades que por hora possuístes, a falta de vontade de evoluírem compreendendo que nesta morada estão para se capacitarem ao amor pleno, me fez enviar-lhes meu filho amado e este lhes disse “Tendes bom ânimo, eu venci o mundo”.
Não compreendestes que vencer o mundo é justamente sair do governo de vossos instintos... Instintos que vos aprisiona ao ciclo do vício e os mantém em um eterno sofrimento.
Muitos foram os enviados por mim que em condições evolutivas maiores buscaram vos despertar a razão... Se assim não fizesse, deixando-vos ao abandono, ainda estariam acuados em vossos casulos primitivos.
Mas mesmo assim, não compreendestes!...
No caminho de sua evolução, vós não conseguistes entender que não há ciência que prove a minha inexistência... Quanto ao provar a minha existência... Sabes que lhes falta muito a descobrir.
Mas, o seu atraso se dá justamente a este fato. Apegados a matéria, pouco se desenvolveram no campo da moral. Abandonam sem nenhum esforço o que vos falei por intermédio de meu filho amado “Me amar sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”...
Não percebes que a minha teodiceia repousa sobre esta máxima?... Meu filho amado também vos disse “Na casa de meu Pai existem várias moradas”. Mas não compreendestes que a vida não podendo ser igual ao que vossos instintos vos impressionam, pois vos falta o conhecimento, negas a existência da vida após a morte... Ora já é tempo de entenderes que a minha criação não se deu para vós simples corpos feitos de matéria perecível.
Quando olhastes para o céu com vossos olhos, no princípio o que vistes vos impressionou... Por isto vos faço ignorantes em cada renascer... Para que vós possais aprender o verdadeiro significado do seu existir.
Se não percebes que a sua existência atual está atrelada a oportunidade que vos dou incansavelmente de buscar serem chamados por mim de filhos, então deverás repeti-la, pois “ninguém poderá ver o meu reino e minha glória se não nascer de novo”. Isto meu filho amado vos disse, mas não compreendestes, e pior fizeram mau uso destas palavras para vos escravizar uns aos
outros, vendendo indulgências e realizando corretagem do meu reino. Pobres almas que criaturas se tornam em uma repetição estacionando-se em seus erros retardando sua evolução.
Vivem a se atormentarem pelos sofrimentos aos quais se sujeitam. Seus questionamentos sempre se originam do seu egoísmo, pois acreditam serem especiais por poderem neste mundo transformá-lo em seu benefício. Cegos arrastam multidões em meu nome para sacrifícios desnecessários. Em meu nome vós cometeres absurdos como dizimar nações e povos, pois não compreendestes o que quis dizer com os meus dez mandamentos. Preferiram e ainda preferem acreditar que vos emposso de vida abundante e confortável neste planeta.
Não compreendeste que vos expulso dos paraísos quando este já não vos contribui em evolução?... Que são os únicos responsáveis pelos vossos destinos?... Que ao afirmar que na casa de meu pai, que vai além do universo da sua pequena compreensão material, existem várias moradas... Meu filho amado vos quis dizer para um futuro mais evoluído, onde através da sua consciência universal desenvolvida, pudessem se compreender o quanto pequeno vós sois em relação a minha criação?...
Então almas da terra, eu sendo vosso Deus, a suprema inteligência, o único, o onisciente e onipotente, infinitamente justo e bom deixo a mercê de sua vontade e a seu tempo a construção do conhecimento que te levará a minha compreensão, e na medida que me compreenderes mais dignos de serem por mim chamados de filhos.
CAPÍTULO II
“crer Para ver e ver Para crer”
Se eu fosse Deus faria tudo da mesma maneira... As minhas leis em todo o universo, as conhecidas e as ainda desconhecidas por vós homens são imutáveis assim como eu, pois assim asseguro a estabilidade e não permitirei o caos ou a desordem.
Criei todas as coisas que vossa inteligência em construção possa imaginar. Se a estas leis estão subjugados é para que possas evoluir saindo do conceito de criatura e passando a serem meus filhos, pois somente me compreendendo é que poderão vencer seus medos e suas fraquezas tornando-se um comigo.
Sempre vos crio na simplicidade, e esta por vós é inaceitável, pois ainda não compreenderam que eu sou vosso Deus, vosso Pai e Criador e que não me contradigo burlando minhas leis.
Vós por outro lado sim... Não aceitas o vosso sacrifício da jornada existencial, e assim busca compensar seus temores produzidos pela ignorância em conceitos e interpretações fantasiosas desde o princípio... Mas como o tempo é uma mera relação de vós com as suas jornadas existenciais, este, o tempo vos ajuda a escrever nas páginas de vossos espíritos a vossa evolução.
Dei-vos uma oportunidade de aprendizado do pó ou como quiseres dizer do barro da Terra, mas ainda não compreendestes que esta oportunidade se faz necessária a sua evolução e tornam-se incapazes de se entregarem ao sacrifício do governar vossas almas sobre os vossos corpos prolongando vossos sofrimentos.
Quando criei o universo, o fiz para que este refletisse a minha suprema inteligência e vós ainda não perceberes que o nada não existe e que o acaso é fruto da vossa ignorância.
Se observares com mais atenção encontrarás as respostas as vossas perguntas, e assim tem sido desde o inicio, pois o nada não existe e tudo possui um propósito... Buscai nos efeitos as repostas e entenderam suas causas.
Quando vos criei e vos crio lhes dou o livre arbítrio, que é a condição estabelecida para que a minha infinita justiça e bondade seja reconhecida. Então se vossas escolhas vos conduzem ao sofrimento, ao exílio e a revolta não buscais a causa em coisas que não podem partir de mim.
O que vós chamais de mal é o que vós mesmos produzis por não compreender-me... Sendo eu vosso Deus, a causa primária de todas as coisas, infinitamente justo e bom, de mim nada poderia ser criado que pudesse corromper esta condição de infinito, pois se observares em todo o universo constatará que não existe o caos, a desordem, ou a disputa entre o bem e o mal... O que existe são vossas interpretações infantis e carregadas de necessidades, pois ainda não me compreendes nas mais simples das minhas intenções... “Amar ao próximo como a ti mesmo”...
Quando meu filho amado vos disse “Na casa de meu Pai existem várias moradas”... Vós não compreendestes o significado destas palavras, pois sempre buscastes as respostas no que vos guia, a sua vida presente, as vossas necessidades presentes... Ainda não escutastes “O meu reino não é deste mundo”...
Desde quando criei este mundo para que vós possais evoluir em minha compreensão e transcender de criaturas para meus filhos, assim vos tenho oportunizado...
Se no princípio de vossa evolução oportunizada necessitavas de esclarecimentos a cerca de vossa evolução... Eu vos enviei socorro... Faze-los compreender respeitando o vosso livre arbítrio é indubitavelmente permitir que vossas almas e vossos espíritos tomem as suas próprias decisões... Por isto os socorros enviados, cada um no seu tempo foram adequados ao tamanho da enfermidade.
A enfermidade e ainda insistente no presente “viver gerenciado pelos instintos”... Enquanto não se libertarem dos instintos estarão escravizados a esta visão pequena e egoísta de seu Deus.
Se eu sou teu Deus, por que e para que vos teria criado?... Responder a esta pergunta que tantos de vós em todos os tempos requer respeitar os meus propósitos.
Que mérito teria tê-los criado para viverem em um paraíso na Terra?... Se criei a Terra para servir de morada temporária aqueles que necessitam de me compreender transcendendo as barreiras da materialidade, pois por que meu filho amado vos diria “Tendes bom ânimo, eu venci o mundo”?
Se fordes conduzidos por histórias contadas a meu respeito, aprendei a separar o joio do trigo... O joio são todos os pensamentos e conclusões fantasiosas a meu respeito... Como disse não me tomes com a confusa necessidade de serem amparados em colo ou abraço celestial sem que para isto haja mérito.
Jamais seria contraditório ao meu propósito... Eu não sou a criatura sou o criador!
Ao que chamas hoje de vida pela sua linguagem pobre de interpretação, determino pela minha infinita e suprema inteligência de “oportunidade”, pois de que outra maneira poderia eu ser seu Deus se carregasse em mim os mesmos defeitos de vós.
Buscais compreender que a negativa desta verdade alimenta vossas fantasias a cerca de uma eterna necessidade de se manterem vitimados ao que não existe.
Minha suprema inteligência que me qualifica como Deus único, não opera no campo da magia ou da fantasia. Vossas necessidades causadas pelas impressões instintivas vos tem levado ao desenho de um deus parcial.
A primeira ideia que vós formastes da Terra, do movimento dos astros e da constituição do universo foi construída pelos vossos instintos... Tudo e todas as interpretações foram baseadas no que podiam ver, ouvir, sentir, cheirar e provar... A mais das elementares das minhas Leis, a da gravidade, por vós não podia ser compreendida.
Vendo vós o Sol aparecer pela manhã de um lado do horizonte, e desaparecer à tarde do lado oposto, os levou a concluir que ele girava em torno da Terra, e esta permanecia imóvel... Se na época em que vossas inteligências ainda se encontravam sob a condição circunscrita de vossos instintos vos dissessem que o contrario é que se dá, no mínimo alegariam ser impossível tal coisa,
pois o que veem é que o Sol muda de lugar e que não sentem a Terra se mexer...
Era inadmissível por vós esta concepção de Sol como centro... Por isto criaste vários deuses... Estes seriam necessários para explicar tantos fenômenos, e foram usados por muitos de vós durante muito tempo.
Esta visão e entendimento de um planeta chato ou plano somente foi modificada após constatarem a impossibilidade de se chegar ao fim do mundo. As navegações e expedições de exploração comprovaram isto. E eu vosso Deus, vos permiti descobrir isto, vocês devem alcançar o conhecimento para entenderem meus propósitos, pois como vosso criador não vos quero ignorantes e sim conhecedores dos meus desígnios.
Muitos de vós em todos os tempos tendes tentado vos manter na ignorância. Esta ignorância que os encarcera na carne servindo aos vossos instintos. Por isto meu filho amado vos disse “Conheceis a verdade e ela vos libertará”, pois a verdade não é democrática e não precisa de vossas aprovações. A verdade emana de mim, pois eu sou a verdade.
Esta visão egoísta de serdes vós na Terra as únicas criaturas oportunizadas a existência vos afasta de mim. A ignorância completa do conjunto do universo e das leis que o regem, da natureza, da constituição e da destinação dos astros, que, aliás, pareciam tão pequenos, comparativamente à Terra, fez necessariamente fosse esta considerada como a coisa principal, o fim único da criação e os astros como acessórios, exclusivamente criados em intenção dos seus habitantes. Esse preconceito se perpetua até os dias atuais, apesar das vossas descobertas, que mudaram para vós o aspecto do mundo. Quanto de vós ainda acreditas que as estrelas são ornamentos do céu, destinados a recrear a vista dos habitantes da Terra!
Essas ideias primárias, ingênuas, constituíram, no curso de largos períodos seculares, o fundo das crenças religiosas e serviram de base a todas as cosmogonias antigas, vos aprisionando a uma visão egoísta de mim.
Vossa história fala das lutas que homens de gênio tiveram de sustentar contra os preconceitos e, sobretudo, contra o espírito de seita interessado em manter erros sobre os quais se haviam fundado crenças, supostamente firmadas em bases inabaláveis. Bastou a invenção de um instrumento de óptica para derrocar uma
construção de muitos milhares de anos. Nada, é claro, poderia prevalecer contra uma verdade reconhecida como tal. Graças à Tipografia, o público, iniciado nas novas ideias, entrou a não se deixar embalar com ilusões e tomou parte na luta. Já não era contra indivíduos que os sustentadores das velhas ideias tinham de combater, mas contra a opinião geral, que esposava a causa da verdade.
Deixar de crer para ver é um processo lento, pois consistem em transcender os domínios dos instintos, em quebrar os cadeados que vos mantêm prisioneiros de vós mesmos.

“Se eu fosse Deus”
Adilson Henrique Cardoso

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