A
pergunta é interessante, mas é importante notar que a Bíblia não é um livro de
ciência (se fosse, estaria desatualizada), mas a revelação dada por Deus
daquilo que ele decidiu que deveríamos conhecer, e não daquilo que a
curiosidade humana possa querer perscrutar. Portanto... “As coisas que o olho não
viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou
para os que o amam.” (1
Co 2:9) e... “O
homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendêlas, porque elas se discernem espiritualmente.” (1 Co 2:14). Por isso esqueça explicar
a um inconverso as verdades espirituais da Bíblia.
Então resta dialogar usando outra
abordagem: a de que ninguém pode confirmar ou não a existência do que é visível
e cientificamente observável. Isso porque a simples introdução de um observador
em um contexto já tira aquele contexto de sua condição original, e não se pode
afirmar se o que foi observado é real ou apenas fruto da interpretação de um
observador.
Um exemplo famoso: Existe som na floresta quando uma folha cai e
nenhum ser com aparelho auditivo está lá para ouvir? Ou existe cor quando não há
olhos para identificá-la? O que conhecemos por som e cor nada mais é do que uma
interpretação gerada por nossos sentidos de vibrações em diferentes escalas do
espectro. Como, então, um serzinho tão pequenininho como nós pode querer
entender, de moto próprio, Deus, “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita
na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver”? (1 Tm 6:16). Quer um teste simples?
Você já viu aquelas fotos maravilhosas de estrelas e galáxias tiradas por
telescópios? Já viu, a olho nu, as estrelas que pontilham o céu nas noites
escuras? Não, você não viu.
O que viu foi uma representação de estrelas e galáxias
que talvez nem existam mais. Até o sol que aquece sua pele e você poderia jurar
que está brilhando pode ter desaparecido há oito minutos, que é o tempo que sua
luz leva até a Terra. Portanto, nada pode se deduzir de verdade e certeza se
nos basearmos nas coisas visíveis e mensuráveis. Em outras palavras, se nos
basearmos na ciência.
O que resta então? Resta que não devemos atentar “nas coisas que se veem, mas
sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que
se não veem são eternas.” (2
Co 4:18) Porém para entrar, explorar e se deliciar nessa esfera das coisas
eternas é preciso ter fé, palavrinha pequenininha que abre universos tão
imensos e é definida apenas uma vez na Bíblia: “Ora, a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.” (Hb 11:1).
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