A quantidade de hebreus que estavam espiritualmente preparados para a aceitação do Messias, pode ser vista nos primeiros capítulos do Evangelho de São Lucas. Neste ponto, a Santíssima Virgem Maria, a justa Elizabete, o sacerdote Zacarias, o justo Simão, a profetiza Ana e muitos cidadãos de Jerusalém, ligavam o nascimento de Jesus Cristo com o cumprimento das antigas profecias sobre a vinda do Messias; com o perdão dos pecados; com a derrota dos orgulhosos e a exaltação dos mansos; sobre a restauração do Testamento com Deus e sobre o serviço de Israel a Deus com um coração puro.
Depois que Jesus Cristo começou a pregar; o Evangelho testemunha a facilidade com que muitos judeus simpatizantes de coração, reconheceram Nele o Messias prometido e propagaram esse reconhecimento a seus conhecidos. Citamos como exemplo os apóstolos André e Felipe e mais tarde Natanael e Pedro (João 1:40-45).
Jesus Cristo declarou-Se o próprio Messias e atribuiu a Si as predições dos profetas, como por exemplo: a profecia de Isaías sobre o Espírito do Senhor, o Qual deveria descer sobre o Messias (Isa.61:1; Luc.4:18).
Ele referiu-se às profecias de Isaías sobre a cura dos enfermos pelo Messias (Isa.35:5-6; Mat.11:5).
Jesus elogiou o apóstolo Pedro por chamá-Lo de Cristo, o Filho de Deus Vivo e prometeu edificar a Sua Igreja na Sua fé. (Mat.16:16-18).
Ele pediu aos judeus que examinassem as Escrituras, pois Elas dão testemunhos Dele (João5:39).
Ele disse também que Ele é o Filho, o Qual estará sentado à Mão Direita do Pai, referindo-se ao Salmo 109 (Mat.22:44).
Jesus Cristo falou que Ele é a "Pedra" rejeitada pelos "construtores," referindo-Se à conhecida profecia no Salmo 117 (Mat.21:42).
Antes de Seus padecimentos, Jesus Cristo recordou a Seus discípulos que: "... é necessário que se cumpra em Mim isto que está escrito" (Luc.22:37; Isa.53).
Durante o julgamento diante do sumo sacerdote Caifás, através da pergunta do mesmo se Ele era "o Cristo, o Filho de Deus," Jesus Cristo respondeu afirmativamente e recordou a profecia de Daniel sobre o Filho do Homem. Sua confirmação serviu como razão formal para Sua condenação à morte (Mat.26:63-66; Dan.7:13).
Após Sua ressurreição dos mortos, Cristo censurou Seus Apóstolos por serem "... estultos e tardos do coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!" (Luc.24:25).
Em resumo, desde o início de Seus serviços públicos até Seus padecimentos na Cruz e depois de Sua ressurreição, Jesus Cristo Se declarava o Messias prometido pelos profetas.
Se Cristo evitava denominar a Si próprio como o Messias na presença do povo e somente citava profecias a Seu respeito, era devido às representações grosseiras e distorcidas sobre Ele, às quais se estabeleceram entre o povo. Cristo evitava sob todos os aspectos a glória terrena e a interferência na vida política.
Devido à sua humilhante dependência de Roma, muitos judeus desejavam ter o Messias como um potente Rei conquistador, o qual lhes daria independência política, glória e bens materiais. Porém Cristo veio para evidenciar nas pessoas o renascimento espiritual.
Ele prometeu benções celestes e não terrestres, como recompensa por uma vida virtuosa. Esta foi a razão pela qual muitos judeus rejeitaram Cristo.
Embora os Apóstolos antes de Sua crucificação tenham covardemente vacilado na fé em Cristo, depois de Sua Ressurreição dos mortos, não tiveram dúvida nenhuma quanto a ser Ele o Messias prometido por Deus; sendo que está fé se fortaleceu tanto, que eles estiveram dispostos e verdadeiramente deram suas vidas por Cristo.
Eles mencionavam constantemente em suas cartas, as antigas profecias sobre o Messias, para convencerem os judeus da veracidade da fé cristã. Por esta razão, suas palavras tiveram tão grande sucesso primeiramente entre os judeus e mais tarde entre os pagãos, não obstante a descrença e a oposição, principalmente dos sumo sacerdotes e escribas.
Voltada para o final do primeiro século, a fé cristã espalhou-se por quase todos os fins do vasto Império Romano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário