Esta
é a última pergunta de sua carta. Geralmente deixamos para o fim o que queremos
perguntar primeiro. Como você lê a Bíblia, acredito que não esteja querendo
saber minha opinião sobre o homossexualismo, mas o que Deus fala de tal prática
na Bíblia. A opinião das pessoas pode até ser respeitada, mas há momentos
quando precisamos decidir se obedecemos a opinião das pessoas ou a Palavra de
Deus. E entendi que é esta que é a opinião importante para você. Você deve
estar em dúvida se deve aceitar realmente o que diz a Bíblia, que foi escrita há
tanto tempo, ou se o melhor seria simplesmente se deixar levar pela opinião pública
e pelo senso comum.
A opinião pública irá cada vez mais considerar a prática do
homossexualismo apenas uma opção de vida, porém é importante você decidir quem
deve dirigir sua vida: a opinião pública ou Deus. Um dia todos nós deixaremos a
opinião pública para trás — o que os outros pensam e dizem — e iremos nos
encontrar com Deus. Lembre-se de que foi a opinião pública que decidiu pela soltura
de Barrabás e condenação de Jesus. “Qual
desses dois quereis vós
que eu solte? E eles disseram: Barrabás.
Disse-lhes Pilatos: Que farei então
de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja
crucificado.” (Mt
27:21, 22). O homossexualismo não é doença, e na Bíblia ele é descrito como até
mais do que um pecado: é uma perversão e abominação diante de Deus. Não sou eu quem
afirma isso, mas o mesmo livro que você tem aí com você e costuma ler.
Veja bem
que estou me referindo à prática, não à pessoa do homossexual. Deus ama cada
pessoa, independente de como ela seja, mas não ama práticas que são contrárias à
sua própria natureza. É importante que você entenda isto, pois a primeira reação
que temos contra Deus é a de tentarmos nos defender de algo que ele condena,
achando que não somos amados.
O testemunho abaixo é de alguém que conheceu este
amor: “Espero
que você
compreenda que não
importa o quão
longe você
tenha ido em seu estilo de vida homossexual, nunca é
tarde demais para mudar, nunca é
tarde demais para voltar ao lar. Deus tem o poder de reformá-lo
completamente em corpo, alma e espírito.
Por causa do que Deus fez por mim, o velho Jerry Arteburn acabou. Ele se foi. E
sou uma nova pessoa através
do poder de Deus.
Creio que você
queira mudar. Espero que você
sinta que deva mudar. Você
precisa tentar. Existe um caminho melhor. Deus tem um plano melhor. Com a decisão
de buscar a vontade de Deus para sua vida, ela pode ser uma vida com
significado.” Jerry Arteburn, falecido em 13 de Junho
de 1988 aos 38 anos, de AIDS. A
Bíblia está cheia de passagens condenando tal prática. Os homens de Sodoma
queriam conhecer os anjos que se hospedaram na casa de Ló. Daí vem a palavra “sodomita” que é o
homem que procura outro homem para possuí lo como a uma mulher.
Tanto o que faz
papel de homem como o que faz papel de mulher está pecando e cometendo uma
abominação: “Não
haverá
prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá
sodomita dentre os filhos de Israel. Não
trarás
o salário
da prostituta nem preço
de um sodomita à
casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são
igualmente abominação
ao SENHOR teu Deus... Com homem não
te deitarás,
como se fosse mulher; abominação
é...
Quando também
um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação” (Dt
23:17; Lv 18:22; 20:13).
Em algumas traduções, ao invés de “sodomitas” a expressão
usada é “rapazes
escandalosos”, “rapazes alegres” (daí usar
a palavra inglesa “gay” que significa “alegre”), “prostitutos
cultuais” ou
“prostitutos sagrados” (porque
os israelitas tinham incorporado o sexo aos rituais religiosos, como faziam os
pagãos) (1 Reis 14:24; 15:12), e os homossexuais são novamente citados no Novo Testamento,
em Romanos 1:26-27, tanto com respeito ao homem como à mulher (lésbicas,
lesbianismo), prevendo aí um juízo que cairia sobre seus próprios corpos, sem
contudo identificar especificamente que juízo seria esse: “Porque
até
as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário
à
natureza.
E, semelhantemente, também
os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade
uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si
mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” (Rm 1:26-27). Li na revista Newsweek a
reportagem sobre o médico que descobriu que a homossexualidade é uma alteração existente
no cérebro. O curioso é que o médico revela ser homossexual desde criança, e
que isto sempre lhe dava uma intranquilidade de consciência, até descobrir que
era algo congênito (de nascença). Fico na dúvida se ele descobriu alguma evidência
científica ou se descobriu tão somente algo que queria descobrir.
Mas o artigo
mostrava que tudo não passava de uma teoria, assim como a teoria da evolução.
Ou seja, não há provas. Não nego que existam pessoas que nascem com mais hormônios
do sexo oposto, mas isto não é justificativa para que cometam alguma torpeza.
Talvez sejam até mais tentados em sua carne do que aqueles que têm uma predominância
de hormônios de seu próprio sexo, mas nada justifica que venha a praticar um ato
sexual abominável a Deus. Tentar usar o argumento de excesso de hormônios
(masculinos ou femininos) para justificar o homossexualismo ou lesbianismo é o
mesmo que usar o argumento da pobreza para justificar o crime.
Como diz o
ditado, você
não
pode evitar que as andorinhas voem sobre sua cabeça,
mas pode impedir que façam
ninhos em seus cabelos. Há
homens claramente efeminados (com características femininas), de nascença, modo
de criação ou devido a um excesso de hormônios femininos, que se casam, têm
filhos e são felizes como homens. Devemos lembrar que o homossexualismo é
tratado, na Bíblia, não apenas como um pecado, mas como uma abominação. O que
pratica um ato sexual condenado por Deus é culpado daquele pecado, não
importando se tenha alguma tendência fisiológica para tal.
Isto porque são
necessários alguns passos até se chegar ao ato, passos estes que poderiam ser
evitados se a pessoa simplesmente quisesse evitá los. Uma pessoa nascida em
meio a bandidos e assaltantes pode ter a tendência de se tornar um bandido e
assaltante, mas isto não a isenta da culpa se vier a praticar um crime.
(Aliás,
o crime é praticado em qualquer classe social e a grande maioria das pessoas
pobres são pessoas honestas, não se valem da desculpa da pobreza para poderem roubar).
Nossa carne certamente se inclinará para o mal, pois a Palavra de Deus diz que “a
inclinação
da carne é
inimizade contra Deus” (Rm 8:7). Aquele que é nascido de novo
tem uma nova vida e possui o Espírito Santo habitando em si. Este lhe dará vitória
contra qualquer tendência natural de nossa carne. Se acharmos que a inclinação
de nossa carne deve ter livre curso, então temos que dar livre curso também aos
outros desejos que brotam no coração de todos, ou seja, de praticarmos o que
bem entendermos, matando, roubando, ferindo e praticando todo tipo de torpeza.
Talvez
alguém diga que é diferente de matar ou roubar, pois não faz mal aos outros,
que homossexuais são cidadãos que podem viver uma vida respeitável, que devem
ser respeitados, etc. Sim, é verdade. Conheço homossexuais muito mais honestos
e respeitáveis do que muita gente que vive com a Bíblia debaixo do braço. Além
disso, de acordo com as leis que temos na maioria dos países tal prática não
pode ser comparada àquelas que costumamos enxergar como crimes contra o ser humano
e a sociedade, e em alguns lugares tratar um homossexual com discriminação pode
ser considerado crime.
Mas não é esta a questão que está sendo tratada aqui, não
me propus a escrever aqui de como os homens enxergam isso ou aquilo, mas de
como Deus enxerga e diz em sua Palavra. E se você crê que a Bíblia é a Palavra
de Deus, convém analisar a prática sob esse ponto de vista, ou descartá-la de
vez para ter a opinião pública ou sua vontade própria como bússolas de sua
vida.
A responsabilidade é sua e é você quem terá de prestar contas de seus
atos a Deus. Entenda que o que escrevo aqui não é uma crítica à pessoa
homossexual, mas à prática
da homossexualidade, e também não estou
me baseando no modo como a sociedade aceita ou deve aceitar determinadas práticas.
Não sou melhor do que qualquer pessoa e jamais poderia me colocar na posição de
juiz.
Eu mesmo sou suscetível a qualquer prática mais ou menos prejudicial ou
contrária à Palavra de Deus e, como todo e qualquer ser humano, estou incluído
na condenação genérica da qual a Bíblia fala e que coloca todos nós na mesma condição:
pecadores necessitados de um Salvador. Portanto, não são seres humanos falhos
que devemos tomar como referência, mas o que Deus diz em sua Palavra. “Como
está
escrito: Não
há
um justo, nem
um sequer... Todos se
extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.
Não
há
quem faça
o bem, não
há nem um só... Não
há
temor de Deus diante de seus olhos... para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável
diante de Deus... Porque todos pecaram e
destituídos
estão
da glória
de Deus... Sendo justificados gratuitamente pela
sua graça,
pela redenção
que há
em Cristo
Jesus.” (Rm 3). Evidentemente, a tendência na
sociedade será cada vez mais de aceitação de diferentes inclinações sexuais,
sob a alegação de se tratar de opção pessoal e não implicar em dano à sociedade
como um todo.
Até mesmo as leis tenderão a reconhecer uniões do mesmo sexo como
válidas para preservar os direitos das pessoas envolvidas, como acontece em qualquer
sociedade entre duas pessoas. São questões civis legisladas por homens e que
acabarão definidas pelos legisladores e serão obedecidas pelos cidadãos.
Obviamente
nisso não se inclui a ideia de casamento gay defendida por alguns, já que isso seria
uma triste caricatura de uma instituição divina criada para o relacionamento
entre um homem e uma mulher para, entre outras coisas, auxílio mútuo, procriação
e, principalmente, representar Cristo e sua noiva, a Igreja. Portanto, o ponto
aqui não é o que a sociedade aceita, o que as leis dizem do ponto de vista de
uma relação civil entre duas pessoas ou o que as pessoas querem fazer por
escolha própria. O ponto é: Deus aceita a homossexualidade como algo normal para
ele? Não. Deus pode amar um ateu, mas não irá amar o ateísmo, contrário à sua
própria existência. Ele pode amar o homossexual, mas não irá amar o homossexualismo,
contrário ao seu plano original da Criação: Disse Jesus: “Porém,
desde o princípio
da criação,
Deus os fez macho e fêmea.
Por isso deixará
o homem a seu pai e a sua mãe,
e unir-se-á
a sua mulher, e serão
os dois uma só
carne; e assim já
não
serão
dois, mas uma só
carne. Portanto, o que Deus ajuntou não
o separe o homem.” (Mc 10:6-9). Assim como Deus faz, devo amar e respeitar
todas as pessoas, independente do estilo de vida ou preferência sexual que
escolheram, mas isso não implicará que eu deva aceitar ou concordar com suas práticas
ou com o modo de vida que escolheram. Você queria saber o que a Bíblia diz do
homossexualismo e eu não poderia amenizar o que encontro ali.
Lembre-se de que
qualquer verdadeiro cristão deve proceder como o Senhor Jesus procedeu quando
andou neste mundo: ele sempre amou o pecador e detestou o pecado. Todas as
pessoas devem ser amadas como Deus as ama, independente de seu modo de vida.
Mas amá-las não implica em aceitar seu modo de vida, principalmente quando temos
diante de nós um testemunho claro daquilo que Deus pensa sobre o assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário