No seu aspecto prático, a Ceia do, Senhor é celebrada na Mesa do Senhor (1 Co 10:21) que é, por sua vez, cuidada por homens comuns e fracos como nós, mas que o fazem com a autoridade dada pelo próprio Senhor. Portanto, exercendo essa autoridade, somos responsáveis e exortados a julgar se aqueles que vão estar à mesa estão limpos. Isso não significa examinar o coração, que deve ser feito pelo próprio participante (1 Co 11:28), mas examinar o testemunho exterior daqueles que se dizem irmãos (1 Co 5:11).
Participante
(1 Co 11:28), mas examinar.o testemunho exterior daqueles que se.dizem irmãos
(1 Co 5:11)..Sendo assim, um visitante não é.admitido à Ceia (embora possa.assisti
la), pois cremos que a.assembleia (igreja ou reunião dos.irmãos) deve cuidar
para que haja.separação do mal na mesa do Senhor..Nunca sabemos se um visitante
é.realmente convertido ou, se o for, está.vivendo em pecado. Aquele que deseja.participar
da Ceia fará o seu pedido, o.qual será levado ao conhecimento da.assembleia..Após
um período de oração e.observação quanto à idoneidade da.pessoa, no sentido de
não estar.conectada com pecado moral,.doutrinário ou eclesiástico, ela é.
convidada
a tomar o seu lugar e.participar dos símbolos (o pão e o. vinho) em memória do
Senhor..Reunimo-nos aos domingos, o primeiro.dia da semana, ou dia do Senhor,
para a.celebração. Sentamo nos no salão de.reuniões, tendo uma mesa ao centro
onde.se encontram o pão (um só pão — 1 Co.10:17) e o cálice de vinho. Há
liberdade.do Espírito Santo (2 Co 3:17), e logo.algum irmão sugere um hino, em
seguida.outro faz uma oração, outro traz algum.versículo ou uma oração de
gratidão,.etc..
É evidente que não há uma ordem.específica ou pré determinada
para as.coisas acontecerem, pois o Espírito.Santo é quem dirige tudo. Há,
porém, um.horário para começar e terminar (este.aproximado por razões óbvias)
que é.previamente estabelecido (ou “ligado”).pelos irmãos, sendo aceito pelo
próprio.Senhor e ligado no céu (Mt 18:18)..
Então algum irmão, que sentir isto
em.seu coração, se levanta e, dirigindo se à.mesa, dá graças pelo pão e,
partindo o,.dá o aos irmãos que vão passando de.mão em mão, tirando um pedaço e.passando
adiante até que todos os que.participam da Ceia tenham comido..Então o irmão dá
graças pelo vinho e.passa o cálice, o qual, da mesma.maneira, passa por todos
que dele.bebem..Aqui em Limeira costumamos fazer uma.coleta no mesmo dia, tendo
os irmãos.separado em casa o dinheiro, quando um.saco de pano passa de mão em
mão.(somente para os que estão à mesa, ou.seja, os que participam da Ceia). O.dinheiro
assim coletado é utilizado para.as necessidades dos santos e para a obra.do
Senhor..A Ceia é terminada com mais alguns.hinos e orações, e, eventualmente,
por.algum irmão trazendo uma palavra.conectada com o tema da morte de.Cristo.
Mas isto não é necessário, uma.vez que a Ceia não é exatamente uma.reunião para
ministério da Palavra, e.sim para louvor e adoração. Tudo é feito.na mais
perfeita ordem..Você perguntou se existe um dirigente..Na verdade existe um
dirigente, mas este.é o Espírito Santo. E existe um motivo.para estarmos
juntos, o qual é o Senhor..É tudo muito simples quando nos.sujeitamos ao Senhor
e à sua Palavra..Os homens nos dirão que é impossível,.mas o Senhor tem
demonstrado o.contrário..
Respondendo à sua pergunta sobre o.vinho, é vinho
mesmo. Não havia vinho.“não alcoólico” na época, pois a única.maneira de se
guardar o suco de uva é.pela pasteurização ou então pela.fermentação. Como
Pasteur ainda não.havia nascido o processo era da.fermentação. Seria muita
ingenuidade.acreditarmos que onde fala vinho.devemos ler suco de uvas, pois se
fosse.assim, teríamos que ler Efésios 5:18.“não vos embriagueis com o suco de.uva”,
o que não faz sentido..Quando o Senhor fala vinho, é vinho.mesmo. Evidentemente
de uma.qualidade diferente ou mesmo com um.diferente teor alcoólico do vinho
que.conhecemos, e isto se deve à qualidade.da uva e ao processo empregado na.época
para a fermentação. Mas mesmo.que fosse tudo diferente, ainda assim a.fermentação
do açúcar contido na uva.(seja ela qual for) produz álcool..O vinho era
fermentado em odres,.recipientes formados por pele de.animais com seus
orifícios fechados. A.pele era cheia com o suco de uva e.deixado a fermentar.
Com a fermentação.e a consequente produção de gás, a pele.se dilatava
aumentando de tamanho,.dando a entender que o suco já havia.fermentado. A pele
só podia ser.utilizada uma vez para fermentar o.vinho, pois perdia sua
elasticidade. Esta.é a razão do Senhor dizer que vinho.novo devia ser colocado
em odres.novos, caso contrário o odre se.romperia..Quanto ao pão, não vejo
necessidade de.ser sem fermento.
O fermento é um tipo.do pecado. Porém o
versículo em 1.Coríntios 5:8 não está se referindo ao.tipo de pão utilizado na
Ceia, mas ao.estado das pessoas, sem o fermento da.maldade, etc., mas
celebrando com os.“asmos” da sinceridade e da verdade..Quanto ao pão utilizado
na Ceia, ele é.uma figura do corpo de Cristo e creio.que um pão fermentado faz
o seu papel.perfeitamente..
Precisamos nos lembrar de que o pão, à.semelhança de
Cristo, recebeu o.fermento (símbolo do pecado), mas.passou pelo fogo (símbolo
do juízo)..Não é a qualidade dos símbolos.utilizados na Ceia que importa, mas o.seu
significado. Se o que está sobre a.mesa é reconhecido pelos presentes.como pão
e vinho, está resolvido o.problema: todos poderão olhar para os.símbolos e
lembrar-se do Senhor morto,.o vinho separado do pão assim como na.morte o
sangue está separado do corpo...
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